segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Keeper of the Seven Keys: The Legacy (2005) - Helloween

O álbum começa com o maravilhoso épico The King For a 1000 Years, que após a narração inicial, tem um belo dedilhado de Sascha no violão, acompanhado pelos vocais de Deris. Com um refrão melódico e bonito, a faixa é a mais longa da carreira do Helloween (superando Halloween e Keeper of the Seven Keys, em termos de duração). Tem aproximadamente quatorze minutos e foi composta por toda a banda, mas as letras foram escritas por Andi. É uma canção perfeita, com passagens muito boas, ótimos riffs e solos, vocais vibrantes, percussão precisa e até solos de baixo; curiosamente tem o refrão parecido com a The King of 7 Eyes do primeiro disco solo do vocalista.


The Invisible Man se inicia com criativas linhas de baixo e é uma canção bem melódica, escrita por Sascha. Conta com um bom refrão, maravilhosos solos de guitarra e bonitos arranjos de piano. 

Em Born on Judgement Day temos um grande trabalho de Dani na bateria e Markus no baixo, os quais iniciam a canção composta por Weikath. Com ótimos solos de guitarra, baixo e bateria, a faixa ainda tem um belo refrão e magníficas linhas vocais.

Pleasure Drone tem ótimos riffs e foi escrita por Sascha. Deris se destaca por seus vocais e os solos de guitarra são bem criativos e originais. Na sequência Mrs. God, composição de Andi, que é bem legal, apesar de seu forte flerte com o pop. Dani simplesmente detona na bateria nessa canção e Sascha brilha com seu solo atípico.

Em Silent Rain temos um ótimo refrão e riffs. Foi composta por Sascha, mas as letras foram feitas por Deris. É bem melódica e tem solos maravilhosos. A faixa fecha o primeiro disco.

Abrindo o segundo disco, temos a bela e pesada Occasion Avenue. Com o baixo alucinante de Markus e a bateria poderosa de Dani, em sua introdução, depois temos um bom e pesado riff de guitarra. Andi detona nos vocais de sua composição bela, épica e melódica. A canção é longa e tem cerca de onze minutos. O baixo de Markus também se destaca assim como a percussão de Dani e os belos solos e duetos de guitarra de Sascha e Weikath. Tem uma parte no meio da canção, a qual é bem climática e legal, após os solos. O trecho com piano e a voz de Deris é bonito e emocionante.

Light the Universe é uma balada com piano em um belo dueto de Andi e a vocalista Candice Night. Tem um ótimo refrão e foi escrita por Deris; o curioso é que tal refrão lembra muito o de Goodbye Jenny do primeiro disco solo do vocalista. 

Em Do You Know What You Are Fighting For? começa com um riff pesado, depois tem passagens bem rock and roll e cai em um refrão melódico. É uma composição de Weikath e tem ótimos solos.

Na sequência temos duas canções de Andi: Come Alive e The Shade in the Shadow. A primeira tem um riff bem rock and roll e vocais cativantes. Um bom refrão, com direito a bumbo duplo de bateria e solos muito bons. A segunda é uma ótima canção emocionante e destaca os vocais impecáveis de Deris; o início da canção lembra uma parte da Sugar for Love do Pink Cream 69 (da fase que ele estava na banda).

Get it Up começa com a bateria e logo se transforma em uma bela canção melódica de Weikath, com um refrão bem legal. Tem solos muito bem construídos e tocantes.

E para fechar esse grande disco: a maravilhosa My Life For One More Day. Escrita por Markus e Andi, a canção é um hino. Ponte maravilhosa, introdução, riffs, solos e vocais também. Perfeita, fechando o álbum duplo em grande estilo.

Nota: 7,0
Ano: 2005
Gravadora: SPV Recordings 

Formação

Andi Deris (vocais)

Michael Weikath (guitarra)
Sascha Gerstner (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Dani Löble (bateria)

Keeper of the Seven Keys: The Legacy

Disco 1

1. "The King For a 1000 Years" (Deris,Weikath,Gerstner,Grosskopf,Löble) 13:54
2. "The Invisible Man" (Gerstner) 7:17
3. "Born on Judgement Day" (Weikath) 6:14
4. "Pleasure Drone" (Gerstner) 4:08
5. "Mrs. God" (Deris) 2:55
6. "Silent Rain" (Deris) 4:21

Disco 2

1. "Occasion Avenue" (Deris) 11:04
2. "Light the Universe" (Deris) 5:00
3. "Do You Know What You Are Fighting For?" (Weikath) 4:45
4. "Come Alive" (Deris) 3:20
5. "The Shade in the Shadow" (Deris) 3:24
6. "Get it Up" (Weikath) 4:13
7. "My Life For One More Day" (Grosskopf,Deris) 6:51 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Metal Jukebox (1999) - Helloween

O disco abre com o cover de He’s a Woman, She’s a Man do Scorpions. Coincidência ou não o Scorpions é uma banda alemã e é nítida a influência do grupo no som do Helloween.

Escolheram a Locomotive Breath do Jethro Tull. No geral as versões ficaram mais pesadas e com o toque das abóboras, mas sem desfigurar as originais. A ideia inicial era fazer um disco com versões de músicas dos anos 60, 70 e 80.


A grande surpresa do álbum foi a inclusão de uma versão para Lay All Your Love On Me do grupo pop sueco ABBA. A versão do Helloween é mais pesada e conta com um ótimo trabalho de guitarras. Space Oddity do David Bowie ganhou uma versão que caiu com uma luva para os vocais de Deris.

Em All My Loving do The Beatles, o grupo se manteve fiel ao clássico, apesar de darem uma acelerada no ritmo. Vale citar que Michael Weikath é um grande admirador do quarteto de Liverpool.

O cover de Hocus Pocus do Focus ficou muito bom e combinou muito com o clima divertido e humorístico do Helloween. A climática e progressiva Faith Healer de Alex Harvey ficou muito boa. Já Juggernaut de Frank Marino ficou ainda mais pesada. Do Cream gravaram White Room. E para fechar, Mexican do Babe Ruth.

Nota: 7,0
Ano: 1999
Gravadora: Castle Communications 

Formação

Andi Deris (vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Uli Kusch (bateria)

Metal Jukebox

1. "He's A Woman - She's A Man" (Scorpions) 3:13
2. "Locomotive Breath" (Jethro Tull) 3:56
3. "Lay All Your Love On Me" (ABBA) 4:36
4. "Space Oddity" (David Bowie) 4:51
5. "From Out Of Nowhere" (Faith No More) 3:19
6. "All My Loving" (The Beatles) 1:44
7. "Hocus Pocus" (Focus) 6:43
8. "Faith Healer" (Alex Harvey) 7:08
9. "Juggernaut" (Frank Marino) 4:50
10."White Room" (Cream) 5:46
11."Mexican" (Babe Ruth) 5:48

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Rabbit Don't Come Easy (2003) - Helloween

O nome do disco veio da expressão inglesa “tirar coelhos da cartola”, que seria o mesmo que fazer uma coisa com facilidade, foi criado por Markus e Weikath foi o autor do conceito da capa. O título estranho (lembra Pink Bubbles Go Ape) veio da ideia que às vezes é difícil tirar o coelho (álbum) da cartola.

Just a Little Sign abre o disco de forma épica. Escrita por Deris, a música é bem melódica e o vocalista detona com seus poderosos vocais. Tem um belo refrão. Em seguida, Open Your Life com sua ótima introdução é a primeira contribuição do novo guitarrista Sascha Gerstner, o qual divide a autoria da canção com Andi. O refrão, as partes orquestradas e os solos são perfeitos. Sua letra fala sobre abrir a mente (pensar por conta própria e não acreditar em tudo que a televisão diz) e tem uma alfinetada aos pastores modernos de tv.


The Tune é do mestre Weikath: melódica e com letras positivas. A faixa é acelerada e tem um refrão muito bom. Além de linhas vocais melódicas de Deris, tem ótimos duetos de guitarra. Na sequência, outra de Andi, Never Be a Star, que é bem ao estilo de Perfect Gentleman. Típica música do vocalista e uma ótima e empolgante canção. Traz linhas de baixo muito boas, assim como os refrões e coros.

Liar foi escrita pelo trio Deris/Sascha/Markus. A faixa é pesada e tem vocais agressivos, principalmente em seu refrão. Beira ao Thrash com riffs poderosos. O solo de introdução é demais e é retomado no final da música. Sun 4 the World tem uma intro na qual Sascha toca cítara, dando um clima bem oriental para a canção. Tem um ótimo riff pesado e sua letra foi escrita por Deris, mas a música é de autoria de Sascha. O refrão é melódico e genial.

A balada Don’t Stop Being Crazy é uma homenagem de Andi para sua esposa. Bonita canção e com um belo refrão. Weikath retorna com Do You Feel Good que é bem climática e diferente. Uma ótima canção, empolgante, com direito a solos maravilhosos e arranjos muito bons de teclados.

Hell Was Made in Heaven. Eis o hino do disco e uma das melhores composições da história do Helloween. A canção de Markus, com letras feitas por Deris, é perfeita. Ótima introdução poderosa, riffs espetaculares, refrões bonitos e cativantes, percussão afiada, boas linhas vocais, solos e duetos de guitarra de outro mundo. A música é pesada melódica e agressiva. Obra-prima do baixista simpático e inspirado.

Outra ótima composição é a porrada Back Against the Wall. Tem um riff maravilhoso de Weikath e vocais agressivos de Deris. Inclusive a faixa foi escrita por essa dupla. O poderoso riff retorna no refrão, o dando ainda mais força. Além de ter solos bem legais.

Listen to the Flies, de Andi e Sascha, é muito boa. Tem um refrão muito bom, mas o grande destaque são seus solos épicos e criativos. Inclusive os de baixo e o de bateria. Perfeita.

E para fechar o disco, Nothing to Say, outro petardo de Weikath. Pesada, com ótimos vocais, groove de guitarra e um refrão que flerta com reggae. Com aproximadamente nove minutos é a faixa mais longa do álbum e conta com a pegada e levada poderosa do baterista Mikkey Dee. Os solos são maravilhosos e a canção chega até a ser meio progressiva por suas variações de climas e andamentos. No final, Deris faz uma referência a Stargazer e Mistreated em homenagem ao Dio. O vocalista se destaca e muito na canção. No finalzinho da faixa, os sapos que rondavam o estúdio aparecem coaxando e encerrando o álbum de forma cômica e divertida. 

Nota: 7,0
Ano: 2003
Gravadora: Nuclear Blast

Formação

Andi Deris (vocais)

Michael Weikath (guitarra)
Sascha Gerstner (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Mikkey Dee (bateria)

* Mark Cross (bateria) nas faixas 7 e 11

Rabbit Don't Come Easy

1. "Just a Little Sign" (Deris) 4:25
2. "Open Your Life" (Deris,Gerstner) 4:30
3. "The Tune" (Weikath) 5:35
4. "Never be a Star" (Deris) 4:10
5. "Liar" (Deris,Gerstner,Grosskopf) 4:55
6. "Sun 4 the World" (Deris,Gerstner) 3:57
7. "Don't Stop Being Crazy" (Deris) 4:21
8. "Do You Feel Good" (Weikath) 4:22
9. "Hell Was Made in Heaven" (Deris,Grosskopf) 5:33
10."Back Against the Wall" (Deris,Weikath) 5:44
11."Listen to the Flies" (Deris,Gerstner) 4:54
12."Nothing to Say" (Weikath) 8:29

The Dark Ride (2000) - Helloween

Após a intro sinistra e de suspense, Beyond the Portal, temos Mr. Torture escrita por Uli. A música é muito boa, alternando vocais graves, rasgados e agressivos com um refrão bem melódico.

All Over the Nations tem um clima bem Keepers e foi composta por Weikath. A letra é bem positiva, tem um lindo refrão e ótimos vocais de Deris. Tem também solos cativantes. Em Escalation 666, Grapow consegue se superar e consegue fazer uma música ainda mais pesada do que a The Time of the Oath. Com um riff grave e pesado, com harmônicos artificiais e vocais de Andi agressivos. Bem sombria e dramática. Nela Roland escreve o que seria seu último testamento (The Last Testament) no Helloween, talvez até já prevendo consciente ou inconscientemente sua saída da banda.


Mirror Mirror é de autoria de Deris e é uma ótima canção. Pesada e empolgante. If I Could Fly também foi escrita pelo vocalista e tem uma bela introdução no piano. Suas melodias são tristes e com um refrão bem melancólico. Uli detona na bateria e o solo de Grapow é de arrepiar, inspiradíssimo.

Weikath presenteia o disco com o hino Salvation. Linda música. Empolgante, rápida e com melodias que cativam e emocionam. Tudo nela é perfeito: refrão, percussão, solos, riffs e vocais.

Eis, que na sequência, temos uma canção diferenciada no disco: The Departed (Sun is Going Down). Composição de Uli, a faixa tem efeitos de guitarra que lembram os usados em metal industrial. Tem um ótimo refrão e linhas vocais muito boas.

I Live for Your Pain, começa com o baixo de Markus, mas foi escrita por Andi. Uma boa canção e com vocais bem graves. Em We Damn the Night, composta por Deris, temos um grande refrão com um dueto do vocalista com Grapow. Os solos dessa faixa são destaques também.

Immortal, composição de Andi, tem arranjos muito legais de teclado, ótimos vocais e refrões. Os solos de guitarra são de arrepiar, puro feeling.

E para fechar o álbum escuro, a faixa-título, que é a mais longa do disco, com quase nove minutos aproximadamente. A autoria é de Grapow e esse épico tem um ótimo solo de introdução, assim como seu refrão. A faixa é bem climática e progressiva, alternando momentos de euforia com calmaria. Os vocais e a interpretação de Deris se destacam e o solo de Grapow no meio da música é avassalador. Música Clássica na veia. Sua letra fala sobre um passeio sombrio ao inferno. Tem um final emocionante com direito a “ôoô”. Com certeza um dos melhores discos da fase Deris.

Nota: 8,0
Ano: 2000
Gravadora: Nuclear Blast

Formação

Andi Deris (vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Uli Kusch (bateria)

The Dark Ride

1. "Beyond the Portal" (Deris) 0:45
2. "Mr. Torture" (Kusch) 3:28
3. "All Over the Nations" (Weikath) 4:55
4. "Escalation 666" (Grapow) 4:24
5. "Mirror Mirror" (Deris) 3:55
6. "If I Could Fly" (Deris) 4:09
7. "Salvation" (Weikath) 5:43
8. "The Departed (Sun is Going Down)" (Kusch) 4:37
9. "I Live For Your Pain" (Deris) 3:59
10."We Damn the Night" (Deris) 4:07
11."Immortal" (Deris) 4:04
12."The Dark Ride" (Grapow) 8:52

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Better than Raw (1998) - Helloween

A origem do título veio de uma experiência que a banda teve no Japão ao terem que provar abóbora crua. Daí "Better than Raw"(melhor que cru), uma vez que detestaram sua degustação. O que não passa de modéstia do grupo, pois o álbum é muito bom.


A magistral introdução composta por Uli é emocionante. Tem o nome megalomaníaco de Deliberately Limited Preliminary Prelude Period in Z e junto com a pesada e agressiva Push, abrem o disco em grande estilo. Conta com guitarras rítmicas criadas pelo baterista, ótimos backing vocals de Grapow, riffs bons e pesados, percussão ímpar e solos bem legais. A letra da canção fala sobre buscar sua independência, viver sua própria vida, pensando por conta própria.

Falling Higher é linda e melódica. Escrita por Weikath tem um ótimo refrão e solos idem. Depois, temos Hey Lord! uma composição de Andi muito boa e com um toque de pop, com seus teclados e refrões grudentos.

Don’t Spit on my Mind é da dupla Markus/Deris. Pesada, agressiva, um pouco lenta e com riffs perfeitamente pesados, graves e arrastados.

Em Revelation, temos a obra-prima de Uli, com um lindo solo de Grapow em sua introdução e depois dando lugar para a percussão matadora de Kusch, acompanhada por um dos melhores e mais pesados riffs Helloween. Simplesmente perfeita. Ainda com vários climas e solos emocionantes e cativantes de guitarra. Outro grande destaque é a interpretação e os vocais de Andi, rasgados, agressivos e melódicos.

Assim como em Revelation, a canção Time, escrita por Deris, também fala sobre o fim dos tempos. Não é à toa, pois na época muito se falava a respeito e que o mundo iria acabar no ano 2000. A canção tem um solo bem legal e cativantes linhas vocais.

I Can, o primeiro single, é de autoria de Weikath/Deris e tem um ótimo riff. Trata-se de uma canção heavy/pop com uma letra bem positiva e motivadora. O solo de Weikath é simplesmente matador, lembrando o de Power, em termos de inspiração e maestria.

Em Handful of Pain, Uli e Andi nos trazem uma canção muito boa, com peso, bons vocais e teclados. Bons solos e Deris, grande destaque, cantando em algumas partes em tons mais graves, lembrando muito o David Bowie.

Laudate Dominum, assim como em Time, tem uma letra cristã e de louvor a Deus (nesse caso). A canção é alegre e tem ótimos solos.
É cantada em latim, composta por Michael Weikath e dedicada para os fãs da Itália, Espanha, Portugal, Brasil, Argentina, Honduras, Peru e Chile. Sua primeira inspiração ao escrevê-la foi quando sua mãe tocou para ele as versões de Schubert e Mozart de "Laudate Dominum".

Outra composição do líder guitarrista é a que fecha o álbum: Midnight Sun. Poderosa canção, destruindo tudo logo de cara com solos maravilhosos em sua épica introdução. Andi detona nos vocais, os solos são perfeitos e melódicos. Uli mostra a que veio e destrói a bateria. Uma das melhores composições do disco.

Nota:8,0
Ano:1998
Gravadora:Castle Communications

Formação

Andi Deris (vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Uli Kusch (bateria)

Better than Raw

1. "Deliberately Limited Preliminary Prelude Period in Z" (Kusch) 1:44
2. "Push" (Deris,Kusch,Weikath) 4:44
3. "Falling Higher" (Weikath) 4:45
4. "Hey Lord!" (Deris) 4:05
5. "Don't Spit on my Mind" (Deris,Grosskopf) 4:21
6. "Revelation" (Deris,Kusch) 8:21
7. "Time" (Deris) 5:41
8. "I Can" (Weikath) 4:38
9. "A Handful of Pain" (Deris,Kusch) 4:48
10."Lavdate Dominvm" (Weikath) 5:09
11."Midnight Sun" (Weikath) 6:18
12."A Game We Shouldn't Play"* (Deris) 3:36

*bônus brasileiro

obs: a versão japonesa e a expandida relançada contam com a faixa "Back on the Ground"(Weikath/Deris) como bônus.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

High Live (1996) - Helloween

A turnê do álbum The Time of the Oath rendeu muitas apresentações de sucesso para o Helloween, que após fazer diversos shows mundo a fora (pela primeira vez no Brasil no festival Monsters of Rock em São Paulo abrindo para o Iron Maiden e ainda mandando How Many Tears), lança seu primeiro álbum duplo ao vivo. 

Gravado em dos países: Espanha (Pamplona e Girona) Itália (Milão), High Live saiu em VHS e posteriormente em DVD (quatro anos depois). O título foi dado por Weikath, que farto dos live aqui, live ali, resolveu optar por um bordão de sua juventude na Alemanha e no resto do mundo: High Live. Era a expressão para algo excepcional acontecendo.


Auge da fase Deris, a banda estava explosiva no palco. O repertório foi escolhido a dedo e tanto os clássicos quanto as novas canções foram executadas com entusiasmo e perfeição. Seis músicas do The Time of the Oath (We Burn, Wake Up The Mountain, The Time of The Oath, Before the War, Power e Steel Tormentor) e seis do Master of the Rings (Sole Survivor, Why, Mr. Ego (Take Me Down),Where the Rain Grows, In The Middle of a Heartbeat e Perfect Gentleman).

O duplo ao vivo traz o bom e velho Helloween com seus clássicos da era Kiske como Eagle Fly Free, Dr. Stein, Future World e The Chance. Abrindo com We Burn, o grupo literalmente incendiou o palco e em In The Middle of a Heartbeat, Deris toca violão sozinho e canta a música que o público o acompanha e responde à altura.

Power ganha uma versão estendida e com participação da plateia alucinada, que faz a famosa torre humana durante a canção. Após a canção Before the War, Grapow faz um duelo vocal com o público e antes de Future World faz solos de guitarra (alguns deles presentes em seu primeiro disco solo que seria lançado como os da faixa The Winner).
  
A banda pretendia lançar Eagle Fly Free como single do álbum, mas acabou sendo Forever and One (Neverland) a escolhida. A qual ainda ganha um clipe com cenas dos bastidores da tour do álbum (montagem de palco, cenas de apresentações e imagens dos fãs nos shows). A banda toca à luz de velas em uma dramática interpretação climática.

Nota: 9,0
Ano: 1996
Gravadora: Castle Communications  

Formação

Andi Deris(vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Uli Kusch (bateria)

High Live

1. "We Burn" (Deris) 4:12
2. "Wake up the Mountain" (Kusch/Deris) 5:22
3. "Sole Survivor" (Weikath/Deris) 5:23
4. "The Chance(Grapow3:56
5. "Why?(Weikath/Deris4:43
6. "Eagle Fly Free(Weikath5:17
7. "The Time of the Oath" (Grapow/Deris8:00
8. "Future World" (Hansen) 5:45 
9. "Dr. Stein" (Weikath) 5:0
10."Before the War" (Deris) 6:10
11."Mr. Ego (Take me Down)" (Grapow) 6:14
12."Power(Weikath6:54
13."Where the Rain Grows(Weikath/Deris7:30
14."In the Middle of a Heartbeat(Deris/Weikath3:09
15."Perfect Gentleman(Deris3:40
16."Steel Tormentor(Weikath/Deris7:58

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

The Time of the Oath (1996) - Helloween

Logo de cara, após a introdução assobiada, We Burn mostra a que veio: literalmente para incendiar. Rápida e melódica, a faixa escrita por Andi é muito boa. Depois, temos um clássico, petardo (que se inicia ao som de um carro sendo ligado e caindo na estrada), trata-se de Steel Tormentor. Essa composição da dupla Weikath/Deris é demais, perfeita. Empolgante, com ótimas melodias, peso e solos.


Na sequência temos a estreia de Uli nas composições do Helloween, mesmo que como coautor junto com Deris, Wake Up the Mountain tem uma pós-intro bem legal só com o baixo de Markus e a voz de Andi. No desenrolar da faixa, Deris utiliza sua voz com muita criatividade e bom gosto em vocais altos, bem hard rock e rasgados. Há ainda ótimos duetos de solos de guitarra e uma letra que é um convite à revolução, no melhor estilo Breaking the Law do Judas Priest.

Power. O que dizer sobre desse hino que virou um clássico absoluto da banda? Ótimos riffs, solos de guitarra (principalmente de seu compositor Weikath), refrão empolgante e melodias e peso na medida certa.

Em Forever and One (Neverland), o piano faz a introdução e junto com a voz de Andi (compositor) caminham para um refrão emocionante, bonito e dramático, assim como seus belos solos. Before the War, também escrita pelo vocalista, é pesada e tem uma introdução com sons reais de uma batalha, gravados na Iugoslávia. A música ainda tem uma ótima percussão de Uli que literalmente metralha a caixa, seguido pelos solos viscerais de Grapow e Weikath.

Em A Million to One, Uli divide mais uma vez, a autoria com Deris, em uma música cadenciada, uma semi-balada com um ótimo refrão e melodias idem, o grande destaque fica para os vocais de Andi e sua interpretação. Além de ótimos solos e percussão impecável e o baixo pulsante.

Anything My Mama Don’t Like, escrita pela dupla Deris/Kusch, tem um pé no pop, é descontraída e bem divertida. Típica para uma festa bem rock n’ roll. Bons refrões, corais e guitarras pesadas.

Meu deus! Kings Will Be Kings é pesada, melódica, épica e uma grande canção escrita pelo mestre Weikath. Inspiração pura! Belos vocais de Andi e solos magistrais da dupla de guitarristas do Helloween.

A faixa mais longa do disco, Mission Motherland, é um épico de mais ou menos nove minutos onde Weikath escreveu parte da canção e outra ele deixou em aberto para trabalhar com toda a banda. Tem bons riffs palhetados e pesados, linhas vocais melódicas incríveis, e um clima que literalmente te leva à outro planeta. A bateria de Uli é outro grande destaque, assim como o baixo de Markus detonando tudo. Sua letra fala sobre vida em outros planetas e a vinda de extraterrestres para a Terra.

Weikath ataca novamente, agora com If I Knew, uma boa composição com belos solos e os vocais poderosos de Deris. Ela, A Million to One, Anything my Mama Don’t Like, Kings Will Be Kings e Mission Motherland nunca foram tocadas pela banda ao vivo.

A faixa título e a temática do disco, produzido por Tommy Hansen, fazem referência às profecias de Nostradamus para os anos de 1994 a 2000, segundo Deris. Tal canção foi composta por Andi e Grapow e foi inspirada na seguinte profecia: “Chuva, Sangue, Leite, Fome, Espada, Praga. Nos céus será visto um fogo com grandes faíscas. A morte vem com a queda da neve, mais branca do que o branco”. Anno Domini 2000 (conhecido como o Tempo do Juramento).

Deris faz o papel do demônio e coral orquestrado (cantando Dies irae do tradicional réquiem de Bach) o dos anjos que buscam resgatar a alma perdida de Fausto. Tal canção começa com corais apocalípticos e com um belo e pesado riff de seu autor Roland Grapow. Tem ótimos solos e um clima bem sombrio, com uma temática de fim dos tempos. Nela destacam-se os vocais e a interpretação dramática de Deris e o peso jamais visto antes nas canções do Helloween.

Nota: 9,0
Ano: 1996
Gravadora: Castle Communications 

Formação

Andi Deris(vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Uli Kusch (bateria)

The Time of the Oath

1. "We Burn" (Deris) 3:04
2. "Steel Tormentor(Weikath/Deris5:40
3. "Wake up the Mountain" (Kusch/Deris) 5:01
4. "Power(Weikath3:28
5. "Forever and One (Neverland)" (Deris3:54
6. "Before the War" (Deris) 4:33
7. "A Million to One" (Kusch/Deris) 5:11
8. "Anything my Mamma Dont Like" (Deris/Kusch) 3:46 
9. "Kings Will Be Kings" (Weikath) 5:09 
10."Mission Motherland" (Weikath/Helloween) 9:00 
11."If I Knew" (Weikath) 5:30
12."The Time of the Oath" (Grapow/Deris) 6:58