terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Pink Bubbles Go Ape (1991) - Helloween

Na abertura do debut, temos Kiske na voz e violão em uma introdução bem divertida e que leva o mesmo nome do disco. Após a curta intro, Kids of Century é apresentada, ambas escritas pelo vocalista. Fala sobre a destruição do meio ambiente e de um mundo destruído que será herdado pela futura geração.

Back on the Streets é bem blues/rock n’ roll e uma ótima composição da dupla Grapow/Kiske. Na sequencia temos Number One, escrita por Weikath. É uma linda canção melódica, com grande refrão e com teclados bem legais de Jörn.


Heavy Metal Hamsters foi muito criticada na época, mas é uma boa música de Weikath, com um bom refrão, solos de guitarra bem alegres e boas linhas vocais. Em seguida Goin’ Home, composição de Kiske, é boa e bem sugestiva para encerrar apresentações, assim como a banda o fez em algumas ocasiões. Os solos de Grapow na faixa são matadores e os slaps de Markus bem legais.

Someone’s Crying tem uma intro animal de Roland e Ingo com suas viradas de bateria. Kiske também se destaca nos vocais e Markus com suas grandes linhas de baixo. Conta com um lindo refrão e solos inspiradíssimos de Grapow.

A faixa mais longa do disco foi escrita pela dupla Grapow/Kiske e tem uma introdução muito boa: Mankind é pesada e tem um bom refrão, no qual o vocalista volta a usar notas bem altas. Tanto ela quanto The Chance foram cantadas por Andi, anos mais tarde. Sua letra fala sobre as estupidezes cometidas pela humanidade.

Agora uma composição de Markus/Kiske, I’m Doin’ Fine, Crazy Man, tem a presença de uma meia-lua no melhor estilo rock n’ roll com um toque de country e um refrão maluco. Mas, o ponto alto da canção é o verso pré-solo: lindo e comovente.

Em The Chance, Grapow muito inspirado, escreve uma das melhores músicas de sua carreira. Cheia de solos e melodias, tem uma ótima letra e um belo refrão. Uma das melhores letras do grupo, muito positiva e motivadora Em suma, uma obra-prima do guitarrista.

E para fechar o álbum: Your Turn. A composição semi acústica de Kiske é na verdade uma linda balada. Sem dúvida, a obra definitiva do vocalista, com um bonito refrão, cadência crescente e emocionante e grandes viradas da bateria de Ingo.

Nota: 7,0
Ano: 1991
Gravadora: EMI 

Formação

Michael Kiske (vocais)

Michael Weikath (guitarra)
Roland Grapow (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Ingo Schwichtenberg (bateria)

Pink Bubbles Go Ape 

1. "
Pink Bubbles Go Ape" (Kiske) 0:37
2. "Kids of the Century(Kiske3:52
3. "Back on the Streets" (Grapow/Kiske) 3:23
4. "Number One" (Weikath5:14
5. "Heavy Metal Hamsters" (Weikath/Kiske) 3:28
6. "Goin' Home" (Kiske) 3:51
7. "Someone's Crying" (Grapow) 4:18 
8. "Mankind" (Grapow/Kiske) 6:19 
9. "I’m Doin’ Fine (Crazy Man)" (Grapow/Grosskopf) 3:39 
10."The Chance" (Grapow) 3:4
11."Your Turn" (Kiske) 5:39 


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Live in the UK (1989) - Helloween

Em 89, as abóboras germânicas lançaram seu primeiro álbum ao vivo, gravado em Edimburgo na Escócia e na Inglaterra em Manchester, saiu com três nomes diferentes: Live in the UK (Europa e no resto do mundo), Keepers Live (Japão) e I Want Out Live (EUA). Esta última não tendo a presença de Rise and Fall e tendo uma introdução mais curta.

Após a introdução da plateia cantando o jingle “Happy Happy Helloween”, a banda entra com tudo e manda A Little Time. Kiske se mostra bem comunicativo, humorado e brincando com o publico, ele diz que é a primeira apresentação do grupo no Japão; depois diz América e no final diz, corretamente, Escócia (Reino Unido).


Brincadeiras à parte, na sequencia temos Dr. Stein e Future World. A última com a introdução de Kai tocando o tema “Hall of the Mountain King” e no meio da canção Kiske canta um trecho de uma música de Elvis Presley. Enquanto isso a banda sola, brinca e Markus faz linhas de baixo muito legais e bem Rock n’ Roll. Então o vocalista resolve fazer a interação com a plateia, colocando-a para cantar cada vez mais alto “We are live in Future World”.

A cômica Rise and Fall é executada e em seguida Kiske anuncia Markus Grosskopf, que inicia a próxima musica no baixo. Sim, We Got the Right, a linda, emocionante e “orquestrada” (guitarras) faixa do Keeper II. Com todas as suas notas altas em uma performance impecável de Kiske.

Depois temos I Want Out e para encerrar How Many Tears. Impossível não notar na capa do disco que é uma verdadeira obra de arte: um desenho com a banda no palco e os fãs como abóboras.

Um ótimo registro da banda em seu auge (uma pena conter tao poucas faixas), mas as que estão presentes valem muito a audição. 

Nota: 9,0
Ano: 1989
Gravadora: Noise Records 


Formação

Michael Kiske (vocais)

Michael Weikath (guitarra)
Kai Hansen (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Ingo Schwichtenberg (bateria)
Jörn Ellerbrock (teclados) 

Live in the UK

1. "A Little Time" (Kiske) 6:34

2. "Dr. Stein(Weikath7:00
3. "Future World" (Hansen) 9:33
4. "Rise and Fall" (Weikath4:51
5. "We Got the Right" (Kiske) 6:08
6. "I Want Out" (Hansen) 5:58
7. "How Many Tears" (Weikath) 9:40 



terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Keeper of the Seven Keys - Part II (1988) - Helloween

Abrindo com a majestosa e gloriosa introdução Invitation, temos na sequencia Eagle Fly Free, um verdadeiro hino do Power Metal, escrito por Weikath. Eis outro exemplo de música perfeita: vocais agudos, linhas vocais melódicas bonitas, poderosa percussão, solos de guitarra, de bateria e até de baixo inspiradíssimos.

You Always Walk Alone é mais cadenciada e progressiva, além de uma ótima canção, composta por Kiske em sua antiga banda I’ll Prophecy, mas rearranjada no Helloween.  Rise and Fall começa com uma pequena introdução da bateria de Ingo com seus bumbos duplos e, logo dá lugar para uma bela composição de Weikath, cheia de corais melódicos e bem divertida. Sua letra fala sobre os altos e baixos da vida, mas de forma muito bem humorada.


Uma porta rangendo é aberta, passos pesados vão aumentando sua intensidade, gemidos de uma criatura monstruosa se aproximando e depois correndo, eis a introdução de um dos clássicos absolutos da banda: Dr. Stein. Escrita por Weikath tem lindos duelos de solos de guitarra, órgão macabro, ótimo refrão e linhas vocais. Conta a história do Doutor Frankenstein e aborda temas como clonagem.

A próxima faixa começa com o baixo de Markus, trata-se de We Got the Right, uma composição de Kiske, onde o grande destaque são seus próprios vocais agudos e melodiosos. Além de solos harmônicos muito bem elaborados. Sua letra fala sobre liberdade de expressão, política e também sobre lutar por seus direitos.

Depois temos uma sequencia de duas canções de Kai Hansen: March of Time e I Want Out. A primeira é bem melódica nas guitarras e vocais. A segunda é um hino, uma composição perfeita, com refrão marcante e maravilhosos solos de guitarra. Assim como Eagle Fly Free fala sobre liberdade de expressão e pensamento.

E para fechar o disco, eis a obra prima definitiva do Helloween: a canção Keeper of the Seven Keys. Um épico que fala sobre a batalha entre o bem e o mal, narrando a saga do Guardião das Sete Chaves. Com sua introdução acústica, logo dá lugar as guitarras com seus riffs e solos maravilhosos. Ótimo e bonito refrão, a composição de Weikath tornou-se a canção mais longa do grupo por anos (perdendo apenas para The King For A 1000 Years em 2005). No meio da canção épica, temos solos de guitarra do autor no estilo do Pink Floyd e depois no melhor estilo de música Clássica. Trata-se de uma historia de redenção, a qual lembra a bíblia e o Senhor dos Anéis. Literalmente fechou com chave de ouro!

A faixa Save Us é um b-side que veio em algumas versões posteriores do disco como faixa bônus, mas que teve sua primeira aparição no single de I Want Out. Escrita por Kai, a canção é muito boa, tem ótimos solos e tem um estilo bem Judas Priest, principalmente pelo peso de seus riffs.

Na série Expanded & Remastered Edition de 2006, temos a presença de alguns b-sides e bônus tracks. Savage, escrita por Kiske, é uma faixa rápida e bem humorada. Já Livin’ Ain’t No Crime foi composta por Weikath e começa com a bateria de Ingo e logo dá espaço para uma canção bem alegre, com letras positivas e com ótimo refrão.

Ainda na versão expandida, temos outra composição de Kiske: Don’t Run For Cover. Essa canção tem uma cadencia vocal interessante, a qual vai decrescendo e crescendo. Tem ótimas linhas de baixo e belos solos de guitarra. E fechando o pacote, duas versões remixadas de músicas presentes no álbum: Dr. Stein e Keeper of the Seven Keys. Ganharam uma gravação de qualidade com um som alto, claro e muito bom.

Nota: 10
Ano: 1988
Gravadora: Noise Records 

Formação

Michael Kiske (vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Kai Hansen (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Ingo Schwichtenberg (bateria) 

Keeper of the Seven Keys - Part II

1."Invitation" (Weikath) 1:06
2."Eagle Fly Free" (Weikath5:08
3."You Always Walk Alone" (Kiske) 5:08
4."Rise and Fall" (Weikath4:22
5."Dr. Stein(Weikath5:03
6."We Got the Right" (Kiske) 5:07
7."Save Us" (Hansen) 5:13
8."March of Time" (Hansen) 5:13
9." I Want Out" (Hansen) 4:39
10."Keeper of the Seven Keys" (Weikath13:37

Bônus (versão expandida):

1."Savage" (Kiske) 3:25
2."Livin' Ain't No Crime" (Weikath4:42
3."Don't Run for Cover" (Kiske) 4:45
4."Dr. Stein (Remix)" (Weikath5:05
5."Keeper of the Seven Keys (Remix)" (Weikath)13:52

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Keeper of the Seven Keys - Part I (1987) - Helloween

Logo de cara, temos a bela introdução Initiation, a qual emenda com I’m Alive que já mostra todo o talento do novo vocalista Michael Kiske. Na sequencia A Little Time, composição de Kiske, uma canção mais cadenciada, seguida pela ótima Twilght of the Gods. Nela podemos conferir o potencial vocal de Kiske, além de boas linhas de baixo e magníficos solos de guitarra nessa composição de Kai. Música Clássica com Heavy Metal, solos de guitarra dobrados, um hino. Sua letra conta a historia de um povo que matou seus antigos deuses e criou novos para poderem controlá-los e protegê-los. Mas no final há uma guerra santa no céu, pois seus deuses se voltaram contra eles.


A Tale That Wasn’t Right, única composição de Weikath no disco, traz uma balada triste, bonita e com um belo solo de seu compositor. Fala sobre um cara que está à beira da morte. Já o primeiro single e talvez o maior sucesso do álbum, Future World, é um clássico e é tocada em 99% das apresentações do grupo. Com um belo riff, letra, refrãos e solos de guitarra matadores, o petardo foi escrito por Hansen, que faz uma clara referencia ao céu/paraíso, o chamando de Mundo Futuro.

Na épica e maravilhosa Halloween, temos uma obra-prima de Kai, mas onde o quinteto todo brilha. Ótimos riffs, solos, variações rítmicas, bateria, linhas de baixo e vocais. Em suma: uma canção perfeita. Sua letra fala sobre o Dia das Bruxas e em sua segunda parte, junto com Follow the Sign, iniciam a historia da saga do Guardião das Sete Chaves.

E para fechar temos a instrumental e breve Follow the Sign, onde Kai narra parte da saga do Keeper of the Seven Keys.

Na série Expanded & Remastered Edition de 2006, temos a adição dos lados B do single Future World e alguns faixas bônus, dentre elas: Victim of Fate com os vocais de Kiske em uma ótima versão, onde o vocalista arrebenta nos agudos, mas deixa a agressividade da canção original um pouco de lado.

Starlight remixada e com os vocais de Kiske, por ser mais melódica, a voz dele se encaixou melhor. Uma versão alternativa de A Little Time mais curta do que a original, mas sem tirar a essência da canção. E uma faixa contendo o áudio do videoclipe de Halloween com a introdução Initiation e o épico editados.

Nota: 10
Ano: 1987
Gravadora: Noise Records 

Formação

Michael Kiske (vocais)
Michael Weikath (guitarra)
Kai Hansen (guitarra)
Markus Grosskopf (baixo)
Ingo Schwichtenberg (bateria) 

Keeper of the Seven Keys - Part I

1."Initiation"  Hansen1:21
2."I'm Alive"  Hansen3:23
3."A Little Time"  Kiske3:59
4."Twilight of the Gods"  Hansen4:29
5."A Tale That Wasn't Right"  Weikath5:15
6."Future World"  Hansen4:02
7."Halloween"  Hansen13:18
8."Follow the Sign"  Hansen/Weikath1:46

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Walls of Jericho (1985) - Helloween

O disco abre com a majestosa introdução, que tem o mesmo nome do álbum e que contem o tema “Happy Happy Halloween” com a melodia do clássico do folclore inglês London Bridge. Após a curta intro, temos a pedrada Ride the Sky. Perfeita composição de Kai: pesada, cheia de melodias e solos matadores. Um clássico.

Na sequencia temos Reptile com ótimas linhas de baixo e levadas cativantes. Foi escrita por Weikath, assim como Guardians, que é bem melódica e o guitarrista se orgulhou muito de tê-la escrito. Com um lindo refrão melodioso e solos idem. Ela é épica e tem linhas vocais perfeitas e melódicas.


Em Phanthoms of Death, temos o riff inicial que lembra o de 2 Minutes to Midnight do Iron Maiden. A canção é ótima, mas a que vem a seguir é uma obra-prima de Kai: trata-se de Metal Invaders. Sim, aquela mesma canção que aparece na coletânea Death Metal, só que com uma qualidade de som ainda melhor. Um hino, com belas linhas de baixo e refrão empolgante.

Gorgar é outro petardo e tem um riff que lembra o de Ride the Lightning do Metallica. Kai Hansen nunca esconde suas influencias e volta e meia gosta de fazer pequenas homenagens e referências musicais às bandas que admira. No final da faixa temos uma gravação do pinball dizendo TILT (erro). Conta a historia de um homem viciado em jogos e que gasta praticamente todo o seu dinheiro neles, sem pensar no amanhã. Um viciado no pinball chamado Gorgar, no caso.

Heavy Metal (Is The Law) é um tributo de Weikath e Kai ao Heavy Metal. Eis uma composição perfeita. Desde as viradas de Ingo, passando pelas linhas criativas de baixo de Markus, refrão melódico, épico e cativante e belos solos dobrados de guitarra dos compositores da faixa. Certa vez, Weikath declarou que a letra da canção era o que os fãs gritavam quando a banda estava se apresentando no palco.

E para fechar o primeiro disco do grupo, o clássico absoluto: How Many Tears. Escrita por Weikath, o épico tem por volta de sete minutos e é a faixa mais longa do álbum. É linda, tem quebras e variações de andamentos. Com solos emocionantes e com sua sonoridade direta, melódica e em alguns momentos até progressiva. 

Em 1998, a banda lançou uma versão do disco contendo o EP Helloween e a canção Judas. Essa última, uma ótima composição de Hansen, que mostra sua evolução vocal, pois ele a canta muito bem. Tem um riff que acompanha suas linhas vocais e uma bela ponte vocal com coros. 


Nota: 8,0 
Ano: 1985
Gravadora: Noise Records


Formação

Kai Hansen (guitarra e vocais) 
Markus Grosskopf (baixo)
Ingo Schwichtenberg(bateria)
Michael Weikath (guitarra)

Walls of Jericho 
  1. "Walls Of Jericho" (Weikath/Hansen) – 0:53
  2. "Ride The Sky" (Hansen) – 5:54
  3. "Reptile" (Weikath) – 3:45
  4. "Guardians" (Weikath) – 4:20
  5. "Phantoms Of Death" (Hansen) – 6:33
  6. "Metal Invaders" (Hansen) – 4:08
  7. "Gorgar" (Hansen/Weikath) – 3:57
  8. "Heavy Metal (Is The Law)" (Hansen/Weikath) – 4:08
  9. "How Many Tears" (Weikath) – 7:11
Bonus Track


10."Judas" (Hansen) – 04:39