sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Matters of the Dark (2002) - Tad Morose

A Suécia é um dos países que tem mostrado uma ótima cena no meio heavy, com bandas como Hammerfall, Malmsteen, Dream Evil, Hipocrisy, Marduk e dentre tantas outras, o Tad Morose é também uma delas.

Optando por um Power Metal direto e com toques de Thrash, o grupo disponibilizou para os fãs Matters of the Dark. Trata-se de um belo disco, uma cacetada atrás da outra, visto que não há baladas ou músicas sossegadas.


Esse é o sexto trabalho de estúdio dos suecos e possuí uma capa viajante com um beduíno, uma esfinge e uma mulher misteriosa. Apesar do clima oriental na ilustração do encarte, não há músicas com esse clima/atmosfera. 

O grande destaque acaba indo para o vocalista Urban Breed com suas linhas vocais variando bastante, ora mais agressivos, ora mais melódicos. 

Bom, se você ainda não conhece o trabalho dessa expressiva banda, vale a pena escutá-lo e apreciar o bom e velho Power Metal direto e sem frescuras.

"Sword of Retribution" (4:41): pesada e com belas melodias no refrão. Conta ainda com uma poderosa levada de bateria;

"Matters of the Dark" (3:30): rápida, agressiva e com um belo riff. Nesta faixa os vocais são agressivos beirando ao Thrash;

"Ethereal Soul" (4:43): palhetadas empolgantes e com backing vocals em corais cativantes;

"I Know your Name" (4:00): riff pesado e palhetado, um convite para "bangear". O refrão da música é daqueles que não saem da cabeça, mas é uma pena que seja tão repetitivo;

"In the Shadows" (4:34): cadenciada e com belas bases de guitarra. Por outro lado o refrão é fraco e cansativo. Os solos são curtos e só vem no final;

"Another Way" (4:00): uma das melhores do disco, senão a melhor, com suas contagiantes linhas vocais e com belo dueto de solos;

"New Clear Skies" (4:32): vocais agressivos e poderosas bases de guitarras com harmônicos que estremecem e arrepiam qualquer um;

"Riding the Beast" (5:01): vocais em tons altos lembrando muito o Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden);

"Reason of the Ghost" (4:40): climática e pesada com vocais à la Ronnie James Dio (Rainbow, Black Sabbath, Dio);

"The Devil’s Finger" (4:13): o vocal dá um show a parte nessa faixa, apesar do refrão ser insosso;

"Don’t Pray For Me" (4:48): guitarras usando e abusando dos harmônicos e com grandes quebradas de bateria.

Nota: 7,0
Ano: 2002
Gravadora: Century Media Records (Nacional)
Site Oficial – http://www.tadmorose.com

Formação

Urban Breed (vocais)
Crister Andersson (guitarra)
Daniel Olsson (guitarra/teclados)
Anders Modd (baixo)
Peter Morén (bateria)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dream Theater(Credicard Hall, São Paulo, 08-03-2008)

Esse ano começou com grandes shows (vide Deep Purple, Iron Maiden) e bandas que ainda estão por vir como Ozzy Osbourne, Black Label Society, Helloween e Gamma Ray. Mas, desta vez foi a apresentação do DREAM THEATER com sua passagem por aqui que impressionou. Na turnê de promoção de seu último disco "Systematic Chaos", o grupo norte-americano demonstrou garra, técnica, "feeling" e estar no auge de sua maturidade musical.

A abertura do show ficou por conta do Hangar(banda que conta com Aquiles Priester na bateria). Com um set curto, porém eficaz, o grupo divulgava seu mais recente trabalho "The Reason of your Conviction" e apresentava seu novo vocalista Nando Fernandes.

Com a antecipação do horário do show, eis que às 20h35 o Dream Theater, sobe ao palco executando Constant Motion. Na seqüencia, o vocalista James LaBrie ovacionado pelo público diz "voltaremos aqui em todas as tournês", visivelmente emocionado e comovido com a recepção calorosa e em peso dos fãs brasileiros. Never Enough e Blind Faith foram tocadas; esta última com a introdução de baixo do irreconhecível John Myung. Irreconhecível, pois aquela figura de baixista "robô" foi deixada de lado nessa noite. Myung andava pelo palco com desenvoltura e desinibição em suas performances.

Do clássico "Images&Words", Sorounded e Take the Time agradavam os fãs mais saudosistas. Ainda mais com o duelo de guitarra e teclado em Take the Time, uma vez que Jordan Rudess usou uma espécie de teclado em forma de guitarra e fez a alegria do público. A banda manda Erotomania e Voices antes das mais recentes Forsaken, The Dark Eternal Night e as duas partes na íntegra de In the Presence of Enemies em seus quase 25 minutos de duração.

Para o bis a banda reservou um medley de Trial of Tears, Finally Free, Learn to Live, In the Name of God e Octavarium fechando mais uma gloriosa apresentação do Dream Theater. Tomara que a banda continue nessa direção de gravar ótimos álbuns e tocar por aqui.

Abertura: Hangar

Set-List
1.Constant Motion
2. Never Enough
3. Blind Faith
4. Sorounded
5. The Dark Eternal Night
6. Erotomania
7. Voices
8. Forsaken
9. Take the Time
10. In the Presence of Enemies
11. Medley (Trial of Tears/Finally Free/Learn to Live/In the Name of God/Octavarium)

Sign no More (1991) - Gamma Ray

Após o bem sucedido álbum de estúdio Heading for Tomorrow, a banda de power metal alemã Gamma Ray lança sua segunda bolacha Sign no More. Este foi gravado em um pequeno estúdio na Dinamarca e tem uma sonoridade bem diferente de seu antecessor.

É considerado obscuro, pois não é tão alegre e melódico como o primeiro álbum. Reflete o pessimismo presente na banda com a Guerra do Golfo.

Sua capa tem três esqueletos de paletó, cartola e bengala. Ilustração um tanto sarcástica e irônica.

Nesse disco, o guitarrista Dirk Schächter, que mais tarde passaria para o baixo, faz sua estreia, juntamente com o baterista Uli Kusch.


O grupo ainda pode contar com a participação do "coringa" e produtor Tommy Newton, que faz backing vocals e toca guitarra em duas faixas "Father and Son" e "Countdown".

Mais um clássico da banda, que pode não estar entre os melhores, por sua sonoridade alternativa, mas que contém composições geniais e marcantes na carreira da banda.

A versão japonesa do disco, conta com uma faixa bônus intitulada "Sail On".

"Changes" (5:41): Logo de cara Hard Rock na veia. Cadenciada e com um belo dueto de solos de guitarra. Tem o refrão clássico das músicas da banda com a citação do nome da faixa e uma frase intercalada;

"Rich&Famous" (4:36): Alegre e direta. Possui uma ótima introdução e refrão empolgante;

"As Time Goes By" (4:39): Nessa faixa as linhas de baixo são marcantes e backing vocals de Kai Hansen matadores;

"(We Wont) Stop the War" (3:44): Introdução poderosa de baixo e um grande riff de guitarra, que lembra o som do Rage Against the Machine. A guerra citada é a guerra do Golfo, que estourou no mesmo ano da gravação do disco;

"Father and Son" (4:22): Começa com um dedilhado de violão e se mostra uma linda balada, que vai oscilando entre momentos tranquilos ou de pura energia;

"One with the World" (4:44): Pegada avassaladora do batera Uli e um refrão melódico e pegajoso, pois sua bela melodia não sai da cabeça. Pesada e melódica;

"Start Running" (3:54): Um breve, mas criativo solo de baixo inicia a faixa, que contém linhas vocais em tons altos. No refrão Ralf solta a voz, subindo mais ainda o tom, mostrando-se um vocalista competente e talentoso;

"Countdown" (4:17): A mais fraca do álbum.Tem uma levada rock, mas não convence muito;

"Dream Healer" (6:16): Pesada e com um clima oriental. Palhetada cavalgada e levadas cativantes. É climática, passa por diversas atmosferas. Uma das melhores faixas do disco, senão a melhor;

"The Spirit" (4:16): Levada e andamento contagiantes. Com um belo refrão e quebradas de batera criativas;

Nota: 7,0
Ano: 1991
Gravadora: Noise Records

Formação

Ralf Scheepers (vocais)
Kai Hansen (guitarra)
Dirk Schächter (guitarra)
Uwe Wessel (baixo)
Uli Kusch(bateria)

Visions (1997) - Stratovarius


Destacar uma das composições do "Visions" seria injusto, uma vez que o disco contém dez excelentes canções.

O álbum é conceitual e trata das profecias de Nostradamus, desde a bela capa até as letras das músicas. Aos fãs da banda ou para aqueles que ainda não conhecem vale a pena conferir esse clássico.


"The Kiss of Judas"(5:49): música cadenciada e com uma palhetada empolgante;

"Black Diamond"(5:39): sua introdução de teclado sintetizado remete à música clássica. O instrumento de Johansson se sobressai nesta faixa, que contém um belo duelo de solos de guitarra e teclado;

"Forever Free"(6:00): riff matador de Tolkki e uma levada de batera poderosa. Música direta e reta com refrão melódico e cativante. Além dos solos supersônicos de guitarra;

"Before the Winter"(6:07): começa só com o teclado e a voz de Kotipelto dando um clima de balada melancólica. Bela canção orquestrada;

"Legions"(5:43): levada mais rápida e os vocais de Kotipelto variando nas melodias, mostrando sua competência e criatividade;

"The Abyss of Your Eyes"(5:38): nesta o baixo é claro e marcante. Ela também viaja no tema conceitual proposto;

"Holy Light"(5:45): instrumental e impecável, mantendo a tradição de pelo menos uma música do estilo por álbum;

"Paradide"(4:27): refrão marcante e melódico. Peso e melodia na medida certa;

"Coming Home"(5:36): melancólica e orquestrada;

"Visions (Southern Cross)"(10:15): épica e emocionante. Passa por diversos climas e ainda conta com  narrações de trechos das profecias de Nostradamus pela voz do guitarrista Timo Tolkki.

Nota: 9,0
Ano: 1997
Gravadora: Noise Records

Formação

Timo Tolkki (guitarra)
Timo Kotipelto (vocais)
Jari Kainulainen (baixo)
Jens Johansson (teclados)
Jörg Michael (bateria)

The Seventh Sign (1994) - Yngwie Malmsteen

Muitos dizem que Yngwie Malmsteen foi uns dos precursores do Heavy Metal Melódico. Verdade ou não, o guitarrista sueco sendo insuportável e com péssimo gênio, não importa.
O que se ouve ao colocar para rolar o "The Seventh Sign" é incrível. Falar do guitarrista e suas qualidades como músico ímpar e compositor seria covardia.

Esse belo álbum de estúdio tem faixas relativamente curtas e uma sonoridade muito parecida com um de seus antecessores, "Marching Out", mas o que impressiona mesmo são as variações e a qualidade das composições.


Tem baladas, músicas instrumentais, melódicas, pesadas, elementos árabes, rápidas, cadenciadas e melancólicas.

Material muito bem gravado e que conta com as participações de Michael Vescera (ex-Loudness) detonando nos vocais e do batera renomado Mike Terrana (Rage, Axel Ridi Pell) com sua pegada avassaladora. É impressionante como sempre Malmsteen consegue grandes músicos para participarem de seu projeto solo.

São muitas as versões que saíram desse disco mundo afora e em variadas capas. As músicas "Angel in Heart" e "In the Distance" foram inclusas como faixa-bônus ao longo dessas diversas versões. "Angel in Heart" apresenta um "hard rock" meio fraco e curiosamente integra a coletânea "The Best of 90-99".

"Never Die"(Malmsteen) 3:29 - levada e refrão melódico com guitarra e teclado solando juntos empolgando logo de cara;

"I Don't Know"(Malmsteen/Vescera) 3:25 - mescla Rock 'n' Roll e Hard Rock. Muito "groove" e solos com "feeling";

"Meant to Be"(Malmsteen) 3:52 - cadenciada e com belos coros no refrão, pena que excessivamente repetitiva;

"Forever One"(Malmsteen) 4:35 - balada com piano e com direito a belos solos de violão;

"Hairtrigger"(Malmsteen) 2:43 - poderoso riff de introdução e refrão à la Judas Priest. Direta e reta;

"Brothers"(Malmsteen) 3:47 - começa com um belo solo viajante e possuí ótimos arranjos de teclado que acompanham a guitarra na melodia. Bela música climática/instrumental;

"Seventh Sign"(Malmsteen) 6:31 - bela intro, épica e melódica com uns toques de música Clássica que tanto influenciou Malmsteen;

"Bad Blood"(Malmsteen/Vescera) 4:25 - progressiva e a mais diferente do álbum, mas com incríveis linhas de baixo e rápidos solos de guitarra;

"Prisioner of Your Love"(Malmsteen) 4:27 - balada com direito a piano e teclados orquestrados. Refrão emotivo e pegajoso;

"Pyramid of Cheops"(Malmsteen) 5:10 - introdução no melhor estilo árabe como o próprio nome da faixa sugere. Lembra a clássica "Gates of Babylon"(Rainbow), que foi regravada por Malmsteen no álbum "Inspiration";

"Crash and Burn"(Malmsteen/Vescera) 4:04 - perfeita mistura de música clássica com toques árabes;

"Sorrow"(Malmsteen) 2:02 - melancólica e instrumental com solos de violão clássico;

Vale a pena conferir esse grandioso álbum, pois certamente ocupa a posição de um dos melhores discos da carreira de um dos melhores guitarristas de todos os tempos. 

Nota: 8,0
Ano: 1994 
Gravadora: Spite Fire Records (USA)

Formação

Michael Vescera (vocais)
Yngwie Malmsteen (guitarra e baixo)
Matts Olausson (teclados)
Mike Terrana (bateria)

Battle Hymns (1982) - Manowar

Eis o primeiro e glorioso álbum de estúdio de uma das bandas mais aclamadas do metal. Sua sonoridade traz o bom e velho heavy tradicional, mas um pouco puxado para o rock n' roll.


A bela capa traz uma poderosa águia de pedra no melhor estilo gárgula. O disco de estreia traz a participação especial do ator e diretor de cinema Orson Welles, famoso por seu clássico filme Cidadão Kane. 

As letras "true metal" não poderiam faltar e frases como "Lute pelo Metal" e "O Metal é minha vida" estão presentes.

"Death Tone" (R. Friedman/J. DeMaio) 4:48 - começa com som dos motores da "Harley Davidson", moto tão aclamada pelo grupo e a faixa tem uma bem pegada rock n' roll do começo ao fim;

"Metal Daze" (J. DeMaio) 4:18 - música típica do grupo, com letras "true" homenageando o "heavy metal". Refrão alegre e fácil de ser cantado;

"Shell Shock" (R. Friedman/J. DeMaio) 4:04 - cadenciada e com belos solos de guitarra;

"Manowar" (R. Friedman/J. DeMaio) 3:35 - hino consagrado da banda e com um refrão empolgante;

"Dark Avenger" (R. Friedman/J. DeMaio) 6:20 - arrastada e pesada; Orson Welles faz sua participação com citações típicas da banda no meio da música. É marcante a transição do andamento da faixa para um ritmo mais rápido e direto;

"Willian's Tale" (1:52): trata-se do famoso tema do compositor clássico Rossini, só que executado em belos solos de baixo pelo grande Joey DeMaio;

"Battle Hymns" (R. Friedman/J. DeMaio) 6:55 - bela introdução com dedilhado criativo e solos cativantes. Passa por diversos climas. Épica e melódica, uma das melhores composições da banda e um clássico executado nos shows até hoje.

Vale a pena conferir esse clássico, pois é um dos poucos que contam com a participação do guitarrista Ross-The-Boss, curiosamente apresentado na autoria das composições como "R. Friedman".

Nota: 8,0 
Ano: 1982
Gravadora: Liberty

Formação

Eric Adams (vocais)
Ross-The-Boss (guitarra e teclados)
Joey DeMaio (baixo)
Donnie Hamzik (bateria)