terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Rheingold (2003) - Grave Digger

Rheingold é um álbum conceitual e conta a história do anel mágico que segundo a mitologia nórdica foi feito com o ouro do rio Reno e forjado pelo anão “Alberich”, um nibelungo (na mitologia germânica eram “aqueles que possuíam um tesouro”).


Rheingold é uma ópera do compositor clássico Richard Wagner, a primeira parte das quatro óperas que compõem a tetralogia “Der Ring des Nibelungen”(O Anel do Nibelungo).

O disco abre com a introdução instrumental e orquestrada “The Ring” onde o tema de “Twilight of the Gods” é executado.

A sonoridade do disco é muito boa: pesada e direta. Impossível não citar faixas como “Valhalla”, “Maidens of War”, “Twilight of the Gods” e a faixa título.

As demais músicas, talvez a banda tenha priorizado a história (ou faltou inspiração mesmo), pois  deixam muito a desejar. Não que sejam ruins, mas são fracas e sem brilho. Ainda mais o Grave Digger que no passado gravou discos como “Excalibur”, “Tunes of War”, “Knights of the Cross” e “The Grave Digger” aclamados por sua inspiração e nível musical.

Nota: 7,0
Ano: 2003
Gravadora: Nuclear Blast

Formação

Chris Botendhal (vocais)
Jens Becker (baixo)
Stefan Arnold (bateria)
Manni Schmidt (guitarra)
Hans Peter Hatzenberg (teclados)

Rheingold

1. “The Ring” (1:48)
2. “Rheingold” (4:01)
3. “Valhalla” (3:48)
4. “Giants” (4:37)
5. “Maidens of War” (5:48)
6. “Sword” (5:02)
7. “Dragon” (4:07)
8. “Liar” (2:46)
9. “Murderer” (5:37)
10.“Twilight of the Gods” (7:21)

* “Hero” e a melancólica balada “Goodbye” vem como faixas bônus nessa versão do álbum.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Balls to the Wall (1983) - Accept

O que dizer sobre esse álbum clássico que alavancou a carreira da banda alemã Accept e foi considerado um dos melhores discos de Metal dos anos 80? Espetacular, não tem outro adjetivo que vingue os clássicos contidos em Balls to the Wall, quinto álbum de estúdio do grupo.

Músicas como Head Over Heels, Love Child, Losers and Winners e a faixa título cativam com seus poderosos riffs e uma levada “speed metal” que não deixa ninguém ficar parado ao escutá-las. Um verdadeiro convite para banguear.

A sonoridade da banda parece ter a inspiração do AC/DC, só que uma pegada mais metal à la Judas Priest.


A potente e inconfundível voz de Udo Dirkschneider e a literalmente parede indestrutível de guitarras da dupla Hermann Frank e Wolf Hoffmann em riffs e solos matadores destacam-se nessa obra-prima.

Inspiração e energia do começo ao fim com a bonita balada Winterdreams.

Item obrigatório para a coleção de qualquer fã de Heavy Metal.

* Em 2001, o álbum foi relançado trazendo versões ao vivo de “Head Over Heels” e “Love Child”

Nota: 9,5
Ano: 1983
Gravadora: Portrait Records


Formação

Udo Dirkschneider (vocais)
Stefan Kaufmann (bateria)
Hermann Frank (guitarra)
Wolf Hoffmann (guitarra)
Peter Baltes (baixo)

Balls to the Wall

1. “Balls to the Wall” (5:50)
2. “London Leatherboys” (3:57)
3. “Fight It Back” (3:30)
4. “Head Over Heels” (4:19)
5. “Losing More Than You’ve Ever Had” (5:04)
6. “Love Child” (3:35)
7. “Turn Me On” (5:12)
8. “Losers and Winners” (4:19)
9. “Guardian of the Night” (4:25)
10.“Winterdreams” (4:45)

Insanity&Genius (1993) - Gamma Ray

Lançado em 1993, o terceiro álbum de estúdio da banda alemã liderada por Kai Hansen foi o último que contou com os vocais de Ralf Scheepers. Este posteriormente formaria o Primal Fear, assumindo os vocais do grupo.

O disco conta com clássicos absolutos como: “Tribute to the Past”, “No Return”, “Last Before the Storm” e “Heal Me”.

Mas vale a pena destacar outras faixas como a progressiva e densa “The Cave Principle”, a rápida e descontraída “Future Madhouse” com vocais bem “Halfordianos” e a versão de “Gamma Ray” da banda de rock alemão Birth Control.

A faixa título “Insanity&Genius” é pesada e tem um clima bem oriental transparecendo a temática egípcia da banda tanto nas músicas como em suas capas de discos.


O vocalista Ralf Scheepers destaca-se no álbum por estar com a voz boa e madura, cantando muito mesmo (vide a música “18 Years”).

Em “Your Torn is Over” quem assume os vocais é o guitarrista Dirk Schlachter que mostra-se direto e agressivo em sua forma de cantar.

“Heal Me” fica por conta de Kai Hansen que a canta com maestria, interpretando de forma única seu pedido de salvação/socorro.

E fechando o álbum a música “Brothers” bem alegre e melódica.

Nota: 9,0
Ano: 1993
Gravadora: Noise Records


Formação

Ralf Scheepers (vocais)
Kai Hansen (guitarra)
Dirk Schlachter (guitarra e teclados)
Jon Rubach (baixo)
Thomas Nack (bateria)

Insanity&Genius

1. “No Return” (Hansen) 4:04
2. “Last Before the Storm” (Hansen) 4:29
3. “The Cave Principle” (Hansen) 6:45
4. “Future Madhouse” (Hansen/Scheepers) 4:07
5. “Gamma Ray” (Frenzel) 6:30
6. “Insanity&Genius” (Rucach/Nack) 4:28
7. “18 Years” (Scheepers/Schlachter) 5:23
8. “Your Torn is Over” (Schlachter) 3:34
9. “Heal Me” (Schlachter/Hansen) 7:31
10.“Brothers” (Schlachter/ Scheepers/ Hansen) 5:13

Battalions of Fear (1988) - Blind Guardian

Battalions of Fear é o primeiro álbum de estúdio da banda alemã Blind Guardian. Com uma sonoridade mais direta e agressiva em relação aos registros posteriores, o disco faz referências ao Senhor dos Anéis nas faixas “Majesty”, “By the Gates of Moria”, “Gandalf”s Rebirth”, “Wizard’s Crown” e “Run for the Night”. Já a música “Guardian of the Blind” foi inspirada no livro de Stephen King: “A Coisa”.


“Battalions of Fear” é uma crítica contra o presidente americano da época Ronald Reagan e sua política. “Wizard’s Crown” faz ainda uma referência ao mago ocultista Aliester Crowley.

“Majesty” (7:28): clássico da banda executado em quase todos os shows. É introduzida por um tema de parque de diversão;

“Guardian of the Blind” (5:09): palhetadas rápidas e muito bumbo duplo;

“Trial by the Archon/Wizard’s Crown” (5:31): é dividida em duas partes, primeiro instrumental e clássica com uma introdução que lembra muito o som do Iron Maiden no começo da carreira. Depois com Wizard’s Crown que é cantada;

“Run for the Night” (3:33): rápida e com refrão bem melódico;

“The Martyr” (6:14): solos supersônicos de guitarra executados com maestria pela dupla André Olbrich e Marcus Siepen. Guitarras dobradas e belas viradas de bateria fazem parte da canção que se refere a Jesus Cristo;

“Battalions of Fear” (6:06): a faixa título tem grandes solos e segue a mesma sonoridade do álbum: rápido e melódico;

“By the Gates of Moria” (2:52): épica e instrumental tem o tema inspirado na sinfonia n°9 “Do Novo Mundo” do compositor clássico Dvorak;

“Gandalf’s Rebirth” (2:10): faixa bônus instrumental solada do começo ao fim.

Nota: 8,0
Ano: 1988
Gravadora: Virgin Records

Formação

Hansi Kurch (vocais e baixo)
André Olbrich (guitarra)
Marcus Siepen (guitarra)
Thomas Stauch (bateria)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Better than Raw (1998) - Helloween

Por André Domingues Em 07/02/09

Eis mais um dos álbums injustiçados do Helloween. A origem do título veio de uma experiência que a banda teve no Japão ao terem que provar abóbora crua. Daí "Better than Raw"(melhor que cru), uma vez que detestaram sua degustação. O que não passa de modéstia do grupo, pois o álbum é muito bom.
Apostando em um som cru e pesado, o disco traz ótimas composições como: a matadora "Push", a melódica "Falling Higher", "Hey Lord!", a poderosa "Midnight Sun", a balada "Time" e a comercial, porém boa "I Can".
É uma pena que a banda não tenha executado ao vivo, mesmo na turnê da promoção do álbum, faixas que não sejam "I Can", "Push", "Revelation" e "Hey Lord!".


Temos até a presença de uma música cantada em latim "Lavdate Dominvm", composta por Michael Weikath e dedicada para os fãs da Itália, Espanha, Portugal, Brasil, Argentina, Honduras, Peru e Chile. Sua primeira inspiração ao escrevê-la foi quando sua mãe tocou para ele as versões de Schubert e Mozart de "Laudate Dominum".
Já o baterista Uli Kusch teve presença marcante nas composições, uma vez que foi ele quem criou as guitarras rítmicas de "Push", última música gravada na sessão do "Better than Raw".
Além de ter trabalhado quase duas semanas com Tommy Hansen e Jorn Ellerbrock em "Deliberately Limited Preliminary Prelude Period in Z", faixa instrumental orquestrada que abre o disco. Simplesmente sensacional e imperdível. Pumpkims Fly High!!!

Nota:9,0
Ano:1998
Gravadora:Castle Communications

Better than Raw
1.Deliberately Limited Preliminary Prelude Period in Z(Kusch)1:44
2.Push(Deris,Kusch,Weikath)4:44
3.Falling Higher(Weikath)4:45
4.Hey Lord!(Deris)4:05
5.Don't Spit on my Mind(Deris,Grosskopf)4:21
6.Revelation(Deris,Kusch)8:21
7.Time(Deris)5:41
8.I Can(Weikath)4:38
9.A Handful of Pain(Deris,Kusch)4:48
10.Lavdate Dominvm(Weikath)5:09
11.Midnight Sun(Weikath)6:18
12.A Game We Shouldn't Play*(Deris)3:36

*bônus brasileiro
obs: a versão japonesa e a expandida relançada contam com a faixa "Back on the Ground"(Weikath/Deris) como bônus.

Formação
Andi Deris(vocals)
Michael Weikath(guitars)
Roland Grapow(guitars)
Markus Grosskopf(bass)
Uli Kusch(drums)

Masterplan (2003) - Masterplan


Após a turnê do The Dark Ride (Helloween), o guitarrista Roland Grapow e o baterista Uli Kusch saem da banda e formam o Masterplan, que inicialmente seria apenas um projeto solo da dupla.
Jorn Lande assume os vocais e o grupo lança seu primeiro registro auto-intitulado.

Algumas faixas como "Into the Light" e "Soulburn" foram escritas para o Helloween, só que acabaram sendo deixadas de lado e não entraram no The Dark Ride.

O disco conta com 11 ótimas faixas, com sonoridades bem variadas que vão do Hard Rock, Metal Melódico ao Progressivo.


O grande destaque sem sombra de dúvida é o vocalista Jorn Lande com sua bela e poderosa voz, muito parecida com a de David Coverdale (Whitesnake).

Em Heroes temos a participação de Michael Kiske em um dueto com Jorn.

Impossível destacar uma música dessa obra-prima que deve ser apreciada do começo ao fim, desde a balada "When the Love Comes Close", a climática e egípcia "Bleeding Eyes" até a pesada "Crawling from Hell".

É uma pena que em 2005 o vocalista Jorn Lande tenha anunciado sua saída do grupo que começou com o pé direito em seu álbum de estreia, o qual ganhou, em 2004, o prêmio "European Border Breakers" da Comissão Européia.

Nota: 9,0
Ano: 2003
Gravadora: AFM Records

Formação

Jorn Lande (vocais)
Roland Grapow (guitarra)
Uli Kusch (bateria)
Jan-S. Eckert (baixo)
Ugel Machenrott (teclados)

Masterplan

1. "Spirit Never Die" (5:26)
2. "Enlight Me" (4:38)
3. "Kind Hearted Light" (4:25)
4. "Crystal Night" ( 5:15)
5. "Soulburn" (6:16)
6. "Heroes" (3:31)
7. "Sail On" (4:36)
8. "Into the Light" (4:36)
9. "Crawling from Hell" (4:12)
10."Bleeding Eyes" (5:39)
11."When Love Comes Close" (4:08)


Helloween EP (1985) - Helloween

Por André Domingues Em 09/02/09

Após a participação bem sucedida na coletânea "Death Metal", em 1984, com as faixas "Metal Invaders" e "Oernst of Life", o grupo alemão Helloween lança o mini-LP auto-intitulado no ano seguinte. Muitos afirmam que a partir desse EP é que surgiu o Power Metal.
A abertura do "debut" fica por conta de Chris Botendahl que foi convidado para gravar a introdução. Chris cochila, acorda, liga o rádio e vai passando por estações de notícias, de rock e de repente pára em uma que toca o jingle "Happy Happy Helloween". Depois de arrotar, Kai Hansen entra em cena dando um grito seguido por uma introdução de show.


O clássico "Starlight" com seu refrão épico e melódico toma conta dos falantes. Sua letra fala sobre drogas, entretanto tem uma melodia alegre e cativante.
Em seguida, um a um os instrumentos entram na faixa: guitarra do Kai, do Weikath, baixo e bateria. "Murderer" tem uma bela palhetada matadora acompanhando as linhas vocais e um lindo solo "both"(Kai e Weikath solando juntos) melódico. A letra narra a história de uma assassino.
Já em "Warrior" as metralhadoras seguidas por tiroteios, sons de aviões e bombardeios introduzem a faixa que tem palhetadas sensacionais, baterista metralhando a caixa(simulando tiroteio) e uma cavalgada vibrante fazendo referência ao movimento frenético de guerra. Há também um belo duelo de solos.
Segundo Michael Weikath após o raio cair, Kai começa seu "rip of" de "Breaking the Law" só que em versão supersônica, já demonstrando a influência do Judas Priest nas composições de Hansen."Victim of Fate" tem ótimo refrão e "two hands"(solo feito com as duas mãos) executados por Kai e Weikath ao mesmo tempo. Na parte cadenciada da música há uma narração silenciosa e climática de Hansen seguida por sua gargalhada aterrorizante.
O ritmo nesse trecho lembra o riff inicial de "Heaven and Hell" do Black Sabbath, sem contar o ótimo trabalho de bateria de Ingo com muita pegada, velocidade e variações rítmicas.
Fechando o EP vem "Cry for Freedom" com sua introdução de solos(os quais lembram muito a música "Doctor Doctor" do UFO) e em tom de balada épica. Em seguida, o clima muda para frenético, corais épicos de fundo e refrões rápidos fazem parte da música.
Estréia em grande estilo para a banda que mais tarde criaria o Metal Melódico.

Nota:9,0
Ano:1985
Gravadora:Noise Records

Helloween EP
1.Starlight(Weikath/Hansen)5:18
2.Murderer(Hansen)4:26
3.Warrior(Hansen)4:00
4.Victim of Fate(Hansen)6:38
5.Cry for Freedom(Weikath/Hansen)6:03

Formação
Kai Hansen(vocals, guitars)
Michael Weikath(guitars)
Markus Grosskopf(bass)
Ingo Schwichtenberg(drums)